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Tomate tem agrotóxico demais, diz Anvisa




Tomate tem agrotóxico demais, diz Anvisa

44,72% das amostras analisadas no ano passado pela Vigilância
Sanitária estavam fora do padrão determinado pela lei

Além do tomate, o morango e o alface apresentavam contaminação de ao
menos 40%; amostras são de 15 Estados e do Distrito Federal

CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL

O tomate, o morango e a alface comercializados no país estão com
excesso de agrotóxicos, aponta análise feita pela Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) em parceria com secretarias de Saúde
de 15 Estados e do Distrito Federal.
Nos três casos, ao menos 40% das amostras analisadas -recolhidas em
supermercados em 2007- tinham agrotóxicos acima do recomendável.
O alimento com maior nível de contaminação foi o tomate. Das 123
amostras analisadas, 55 apresentaram resultados insatisfatórios
(44,72%).
Além do teor de agrotóxico acima do que permite a legislação, os
técnicos encontraram nessa cultura a substância monocrotofós, proibida
no país desde novembro de 2006, em razão de sua alta toxicidade.
O índice de irregularidades do tomate é o maior já verificado desde
2002, quando começou a funcionar o Programa de Análise de Resíduos de
Agrotóxicos em Alimentos, coordenado pela Anvisa e que objetiva manter
a segurança alimentar do consumidor e a saúde do trabalhador rural. Em
2006, o índice era de apenas 2,01%.
Segundo Ricardo Velloso, gerente de avaliação de risco da Anvisa, o
caso do agrotóxico proibido foi denunciado à Polícia Federal e ao
Ministério da Agricultura, que vão investigar a procedência.
As amostras com monocrotofós foram recolhidas em supermercados de uma
única capital. O nome é mantido em sigilo pelo órgão para não
atrapalhar as investigações.
Além do tomate, do morango e da alface, outros seis produtos foram
analisados pela Anvisa: batata, maçã, banana, mamão, cenoura e
laranja. Não foram avaliados alimentos orgânicos.
No total, 1.198 amostras, recolhidas pelas vigilâncias sanitárias de
Estados e municípios, foram analisadas. O índice de irregularidades
foi de 17,28%.
O morango vem em segundo lugar no ranking das irregularidades: 43,62%
das amostras tinham ao menos cinco tipos de agrotóxicos acima do
limite permitido por lei. A alface teve 40% das amostras irregulares.
Segundo Velloso, a Anvisa vai encaminhar todos os resultados ao
Ministério da Agricultura, órgão responsável pela fiscalização das
lavouras e ao qual cabe desencadear ações dirigidas aos produtores.
Para Nozomu Makshima, pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária), o aumento da contaminação do tomate se deve ao
uso pouco criterioso dos agrotóxicos. "Os resíduos permanecem em razão
da freqüência da aplicação. Não obedecem o período de carência", diz.

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