restaurantes de comida rápida, tal como controlam "vendas do álcool e
tabaco", defendeu hoje o presidente do primeiro Fórum Europeu de
Obesidade, a decorrer até sábado em Lisboa.
"Os governos deviam limitar o número de restaurantes de fast food nas
cidades, tal como limita as vendas de tabaco e de álcool. A comida
rápida faz tanto mal como esses produtos", referiu à Lusa Philip
James.
Para o professor de nutrição britânico, as autoridades deveriam ainda
"parar com a publicidade" ou adoptar o modelo francês, no qual os
anúncios televisivos a cadeias de comida rápida são acompanhadas pela
mensagem sobre a necessidade de evitar gordura e açúcar.
Questionado sobre as opções das cadeias em servir sopas ou saladas, o
autor do primeiro relatório sobre obesidade, em 1997, referiu que
esses locais deveriam "tornar saudável a totalidade do menu".
"Os governos deviam limitar o número, mas assegurar que os
restaurantes de comida rápida são saudáveis. Tem que se introduzir
medidas e percebe-se quando se está no bom caminho quando a indústria
alimentar faz barulho. Se não fizer, é como a do tabaco, é porque
estão satisfeitos", resumiu.
O também presidente do International Obesity Taskforce garantiu que a
dieta tradicional portuguesa é adequada para manter o peso nos níveis
saudáveis e repetiu os conselhos para uma alimentação com vegetais,
fruta e peixe.
"É necessário lembrar que só se usava sal em Portugal para preservar
os alimentos, o que agora já não faz sentido, por isso deve-se evitar.
Utilizava-se pouco açúcar, proveniente das colónias, e a gordura
consumida era aquela que se encontra no peixe e é essa dieta que se
deve seguir", recomendou Philip James.
O especialista sublinhou também como pequenas alterações no estilo de
vida podem levar a "efeitos dramáticos" e que até agora eram
desvalorizados pelos próprios médicos.
"Novos estudos referem que a simples perda de três/quatro quilos, a
redução do consumo do açúcar dos refrigerantes e uma caminhada de 30
minutos em passo rápido altera o metabolismo do fígado e reduz o risco
da diabetes", referiu.
Também se poderá reduzir esse risco de diabetes em 1/4 e ganhar dois a
cinco anos de vida com exercício regular quando se tem mais de 65
anos.
"Os médicos nessa altura da vida muitas vezes dizem que se tem que
relaxar, mas não é assim. Há provas dramáticas de efeitos na saúde da
alteração dos estilos de vida aos 65 anos. Deve-se fazer exercício
regular, como caminhadas ou sair para dançar. O que é preciso é que se
divirtam", afirmou.
Fonte: http://www.diabetenet.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=3604&cemail=flaviomterra@gmail.com
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