Franquias e venda direta estão entre as opções que exigem pouco capital inicial e dispensam ponto comercial
Eles estão dentro de casa, no pátio treinando seu cachorro ou batendo à sua porta. Quando o assunto é vender produtos ou oferecer serviços, os microempreendedores que apostaram em negócios com baixo investimento inicial, pouco capital de giro e sem ponto comercial para se estabelecer, têm o desafio de chegar até o cliente e fazem do boca-a-boca a principal ferramenta de marketing. Trabalhando como autônomos ou microempresários, essa população começa a aparecer cada vez mais nos indicadores socioeconômicos. Dados do IBGE mostram que 18,5% da população ocupada é formada de trabalhadores por conta própria, enquanto que as micro e pequenas empresas são 98% do contingente nacional.
Representativo na economia, esse modelo de negócios tem crescido no País. "Está em plena expansão porque as pessoas temem muito o risco. Ao implantar um empreendimento em que o capital investido é baixo, se houver qualquer dificuldade de demanda, também foi gasto pouco", diz Ênio Pinto, gerente de atendimento individual do Sebrae. Além disso, o fato de não ter um ponto comercial também colabora para esse crescimento porque ajuda a reduzir os custos. "Não há a preocupação em reformar ou alugar um imóvel e não há a necessidade de compor um estoque inicial, como acontece no varejo." Outra vantagem apontada por ele, principalmente na prestação de serviços, é não ter que comprar máquinas e equipamentos específicos para poder operar.
A venda direta é um dos expoentes de negócios com baixo investimento e sem ponto comercial. Em 2007, o número de revendedores e distribuidores de bens e serviços aumentou em 17,8%, totalizando R$ 1,9 milhão – taxa superior entre todas as categorias de emprego medidas pelo IBGE. Como resultado, mais de R$ 16 bilhões circularam no País – 11,7% a mais que o registrado em 2006. "É um setor que não conhece crise. É mais agressivo que o varejo tradicional porque está mais próximo do cliente, que não deixa de consumir produtos de higiene e cosméticos mesmo em períodos de maior instabilidade econômica", afirma Lírio Cipriani, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD).
Os produtos de cuidados pessoais correspondem à maior fatia das vendas diretas (88%), seguidos por suplementos nutricionais (6%), utilidades domésticas (5%) e serviços (1%) – setor que tem crescido nos últimos anos em todo o mundo. "Já temos revendedores de créditos para celular e de pacotes turísticos, o que demonstra também que esse é um mercado para pequenas e médias empresas", avalia Cipriani. O perfil diversificado das companhias também se reflete entre os revendedores. "Mais de 90% são mulheres, mas tem desde profissionais com nível superior, que trocaram a carreira para se dedicar em tempo integral à venda direta, até quem nem passou pelo ensino médio e vê nisso uma oportunidade real de mobilidade social."
A Venda Direta e os Negócios populares
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