De acordo com médico Alberto Peribanez Gonzalez, nós comemos doces e
massas por dependência psicológica, bioquímica e fisiológica
Por Katia Deutner
Ninguém resiste a uma torta de morangos brilhando na vitrine da
confeitaria. Parece que ela está ali, chamando você para comê-la. E a
tentação geralmente é saciada com um bom pedaço (daqueles bem
generosos). Mas a verdade é que a gente não precisa dela para viver.
Bom, pelo menos esta é a conclusão do médico-cirurgião Alberto
Peribanez Gonzalez, especialista em alimentos nutracêuticos. Ele
simplesmente indica a abolição dos açúcares e das farinhas no cardápio
do dia-a-dia, que causam dependências. "A psicológica e bioquímica são
metabólicas. As células, em especial as do cérebro, aprendem a
utilizar exclusivamente os carboidratos que chegam em larga escala a
partir da dieta doce de nossos dias."
O especialista explica que a especialização em açúcares originários da
dieta conduz a um bloqueio da utilização de fontes protéicas e
gordurosas para a produção de energia. "As vias metabólicas
importantes no jejum, inicialmente 'preguiçosas', chegam a tornar-se
abandonadas. Quem pratica regularmente o jejum?"
Na verdade, não precisamos deles, pois os açúcares e os amidos estão
presentes em outra forma natural nas frutas, sementes e raízes cruas.
E deixá-los de lado, passando a comer de forma mais saudável, você
pode aumentar a sua longevidade e reduzir os efeitos do
envelhecimento.
Nossa dieta, assim com está, sobrecarrega o pâncreas, aumentando seu
tamanho natural. O órgão passa a produzir insulina e enzimas
digestivas em excesso, na tentativa de reduzir o açúcar no sangue e
digerir as densas gorduras, farinhas e acúcares usados na dieta.
"O resultado final do ataque diário é que o pâncreas humano é três ou
quatro vezes maior em relação a outros órgãos do que em qualquer outra
espécie animal. A isto se denomina hipertrofia, que nada tem de
eficiente. O órgão 'bombado' pela sobrecarga de funções acaba
evoluindo para a falência", diz Gonzalez.
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